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Turismo Noticias
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Formação única deixa montanhas coloridas na China; veja

fotos

Parque Geológico Zhangye Danxia recebe cada vez mais turistas.
Desenhos foram sendo criados durante 24 milhões de anos.

Montanhas coloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia, na China (Foto: Xin Ran/Imaginechina)

Montanhas coloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia, na China 

Elas parecem ter sido pintadas à mão, mas são obra de milhões de anos de ação geológica.

Multicoloridas, as montanhas do Parque Geológico Zhangye Danxia chamam a atenção dos turistas cada vez mais numerosos que vão até a província de Gansu, no norte da China.

Esse tipo de geomorfologia única, encontrada apenas na China, consiste em formações de arenito e outros depósitos minerais que foram se acumulando por mais de 24 milhões de anos.

O movimento da crosta terrestre, junto com fatores externos, como vento e chuva, foram criando camadas de diferentes cores, texturas, tamanhos e padrões.

Não muito conhecida, a cidade de Zhangye está chamando a atenção dos turistas que querem ver de perto essa paisagem curiosa.

Passarelas e estradas estão sendo construídas ao longo das montanhas para encorajar os visitantes a explorarem a área.

Montanhas coloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia, na China (Foto: Xin Ran/Imaginechina)
Turista em passarela de observação do parque 
Montanhas coloridas do Parque Geológico Zhangye Danxia, na China (Foto: Xin Ran/Imaginechina)
Formações coloridas foram surgindo ao longo de 24 milhões de anos 




Arquipélago de Los Roques traz lado tranquilo da
 
Venezuela

Faz um calor do cão. O vento que entra por um buraco de cerca de cinco centímetros de diâmetro, embutido na janela do teco-teco, tenta suavizá-lo. Sem chance.

De Caracas, o bimotor carrega seis passageiros. A barulheira é danada que só. Logo, todos se acomodam com o ruído e com a paisagem monocolor, tingida de um azul pálido, quase acinzentado, que margeia a costa.

Às vezes, dá um friozinho na barriga ao desviar os olhos lá para baixo. Agora, tontura mesmo é não saber para onde mirar quando o avião começa a planar sobre as ilhas.

Todo o azul do mar vai ganhando uma variação de tons impressionantes. Azul-bebê, azul-celeste, azul-turquesa, azul-marinho, azul-calcinha. Tons, enfim, de Caribe.

O que os olhos paqueram lá de cima, você vai constatar em terra e água.

É Caribe, é Venezuela, mas longe de panelaços e protestos e sem a ostentação desmesurada dos resorts e de suas praias privativas. Nem sinal de americanos rechonchudos, empanturrando-se sem parar no sistema "all inclusive". Cassino? Oi?

MAIS LOS ROQUES

Los Roques é assim. Um Caribe (ainda) "cru", "roots". O arquipélago venezuelano é formado por cerca de 50 ilhas, ilhotas e bancos de areia cercados por muitos corais.

Suas praias ainda são preservadas, muitas delas intocadas, outras inacessíveis, por se tratar de um parque nacional, criado em 1972 com a missão de preservar aque-le patrimônio.

De fato, o mar caribenho surpreende. Você chega à praia, pisa numa areia fina branquinha e dá de cara com aquela água cristalina de temperatura agradável -vá lá, nem tão morninha assim quanto a do Nordeste.

Se é incolor na beirada, conforme se entra nela, vai exibindo um festival de cores. Sem contar que o lugar é acariciado por uma brisa que parece mascarar o efeito do sol -só parece; protetor solar até debaixo do guarda-sol.

 

 

Em Cayo de Agua, faixa de areia cria praias paralelas

EM LOS ROQUES


 

São quase 9h da manhã. Lá fora, o sol está a pino já faz tempo. É hora de os turistas deixarem as pousadas rumo a alguma ilha de Los Roques.

Em mãos, itens básicos como protetor solar, máscara de mergulho e toalha. No cais, uma espécie de coordenador das embarcações, auxiliado por um funcionário da pousada, direciona os visitantes para cada lancha, dependendo do destino acertado previamente na noite anterior.

Pode parecer confuso, mas, acredite, não há risco de entrar em "barca furada". As voadeiras são um meio de locomoção coletiva em Los Roques. Estão por toda parte.

No final do traslado, quando estiver se aproximando da "sua" ilha, indique ao barqueiro o ponto que deseja ficar. Ele então desce da lancha, vai até a praia, arma o guarda-sol, estende a cadeirinha e deixa um "cooler" com o seu almoço (um sanduíche reforçado ou uma pasta) e bebidas (a maioria das pousadas inclui o serviço no pacote, fora, é claro, as bebidas alcoólicas), além de frutas.

Antes de se despedir, o barqueiro marca o horário em que voltará para te buscar no fim de tarde -e desmontar o "circo", recolhendo a tralha.

Essa é a rotina em Los Roques. Tomar sol, nadar, mergulhar, cochilar. Curtir brisa e muita preguiça.

Algumas ilhas, como Madrizquí e Francisquí, ficam a dez, 15 minutos de voadeira. São ideais para assistir ao tempo passar, praticar snorkeling (são repletas de corais) ou ainda kitesurfe.

Graças à proximidade, as piscinas naturais de Francisquí del Medio e de Abajo, por exemplo, costumam ficar apinhadas de veleiros e iates.

Os donos dessas embarcações são chamados maldosamente pelos nativos do arquipélago de "a nova elite socialista de Hugo Chávez".

Mas, por estarem próximas da "capital", essas ilhas vivem "congestionadas".

Uma curiosidade: o sufixo do nome da maior parte das ilhas é derivado do inglês "cay" -boa parte delas foi batizada por exploradores britânicos. "Convertidas" para o espanhol, passaram de "cay" para "quí".

AZUL PARALELO
Agora, prepare-se para um exercício incômodo: 90 minutos de bunda batendo sem parar no banco da lancha, quando essa segue em direção extrema a Gran Roque.

A água espirra por toda parte, enquanto a embarcação corta ondas de mais de um metrô de altura. Venta muito. Nesses momentos mais radicais, estômagos sensíveis ensaiam um enjoo.


Geralmente, o passeio até lá não está incluído nos pacotes. Mas o preço é baixo pela recompensa -cerca de R$ 64.Chegar a Cayo de Agua, uma das ilhas mais lindas de Los Roques, não é tarefa das mais fáceis. Conforme a voadeira se aproxima, os turistas assistem, de boca aberta, à mescla de tons de verde com azul, revelando uma variada cartela de cores.

Na imensidão azul, uma retalho de areia no meio do mar cria duas praias paralelas. Dependendo do horário da maré, dá para se banhar com a água vindo dos dois lados.

Pena que a alegria dura pouco. O prazo de permanência em Cayo de Agua é restrito e injusto: três horas, incluído aí o tempo para o almoço.

Geralmente, as lanchas fazem um combinado e dão uma parada (na ida ou na volta) na ilha de Dos Mosquises, onde existe um centro de recuperação de fauna marinha e são criadas tartarugas.

As tartaruguinhas ali que me perdoem, mas a parada para avistar os bichinhos em tanques, nessa versão diminuta do nosso projeto Tamar, é dispensável. Preferível seria ficar um bocadinho mais estendido nas areias de Cayo de Agua.